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  • Foto do escritorBruna Brum

A idealização é inimiga da felicidade

Atualizado: 7 de jun. de 2020

A felicidade é muitas vezes compreendida como algo condicionado. O “se...” antecede essa felicidade condicionada, “se eu isso, então serei feliz”, “Se aquilo, me sentirei feliz”, ou seja, nessa perspectiva, há sempre uma necessidade externa para que a felicidade se apresente, e como consequência, essa felicidade condicionada além de ser limitada, depende sempre de algo que na maioria das vezes é fruto de uma idealização.





“Joana sempre imaginava que quando encontrasse um namorado, sua vida estaria completa e assim ela seria muito feliz. Idealizava que encontraria na relação amorosa tudo aquilo que sentia falta, como companhia, carinho, atenção, etc. Pois bem, Joana encontrou Ricardo e eles começaram a namorar. Ele era um ótimo companheiro, dava carinho e atenção, mais até do que ela idealizava. Mas ainda assim, Joana não encontrava aquela felicidade que esperava sentir quando estivesse num relacionamento. Então ela refletiu e entendeu que precisava, para ser feliz, fazer uma viagem para o exterior...”

Não precisamos finalizar a história de Joana, certo? A felicidade é autônoma, isso significa que ela não pode ser condicionada, delegada ou esperada. Ela é fruto de pequenas ações diárias de autocuidado, onde a gente vai acolhendo em nós mesmos tudo aquilo que faz parte de quem somos, nossas falhas, nossas faltas, nossas sombras, e também nossas forças. É entender que ela vive dentro, e não lá fora, e que ela é de nossa única e exclusiva responsabilidade. É abstrata, é sensível e exige que a reconheçamos indiferente, dentro de nós.


Muitas pessoas se destratam, não se respeitam, não compreendem seus próprios limites e se martirizam tentando se encaixar em formatos distintos para si. Se comparam com os outros, idealizando que a vida deles é melhor e que se fossem como eles, se tivessem o que eles têm, seriam felizes. Quem nunca se comparou com alguém? E ao se comparar, desvalorizou a si próprio? Somos humanos, essas coisas acontecem com todo mundo, em diferentes níveis, mas todos nós já vivemos esse sentimento.


A idealização é inimiga da felicidade autônoma. Nos cabe perceber esses movimentos, acolher e aos poucos, reduzir a idealização e o condicionamento da felicidade para algo que é possível de ser construído, de forma ativa e mais realista. De que vai adiantar idealizar algo grandioso que ou vai demorar até se concretizar (e mesmo assim não garantirá a felicidade esperada), ou pode nunca acontecer?


Podemos através de pequenas e constantes ações de autocuidado, NOS fazermos felizes. É mais autônomo quando é de nossa responsabilidade. Essas pequenas ações de autocuidado precisam ser levadas a sério, pois é nelas que a felicidade autônoma vai se manifestando e ganhando constância. A felicidade autônoma é simples. Alguns exemplos de autocuidado: nutrir bons pensamentos, se alimentar bem, evitar pessoas tóxicas, ou se proteger delas, reservar momentos para si, enfim, encontrar dentro das próprias possibilidades, brechas para respirar.



Lembrete:


Saúde emocional não é frescura!


Reservar tempo para si não é ser egoísta!


Evitar pessoas tóxicas não é falta de educação!




Texto inspirado no método Curação


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